GO-IEPE

 

IEPE – Instalação Eficiente de Povoamentos de Eucalipto

CANDIDATURA PDR2020-101-031985

PARCERIA

ORGANIZAÇÃO FLORESTAL ATLANTIS – ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL

FORESTFIN – FLORESTAS E AFINS, LDA

GREENCLON, LDA

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA

JJM ESPERANÇA LDA 500843031 Parceiro

ANEFA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EMPRESAS FLORESTAIS AGRICOLAS E DO AMBIENTE

RAIZ – INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO DA FLORESTA E PAPEL

LEITÃO & CAVALEIRO SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL LDA

INVESTIGADOR RESPONSÁVEL IPC

MARIA FILOMENA FIGUEIREDO NAZARÉ GOMES (ESAC)

FINANCIAMENTO:

Investimento Global Elegível:  €

Comparticipação Comunitária: 75%

Comparticipação Nacional: 25%

Investimento Elegível IPC: 61 509.70 €

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

A elasticidade edafoclimática apresentada pelo eucalipto, o seu rápido crescimento, a possibilidade de condução em talhadia e a existência de um mercado identificado e estruturado, apresentam-se como os principais motivos para a sua preferência pelos proprietários. Mas, tal como para qualquer outra espécie florestal ou agrícola, o seu cultivo deve ser dirigido por práticas silvícolas ajustadas aos diferentes ambientes e que promovam a sustentabilidade da capacidade produtiva do solo e das plantações florestais. Um dos problemas comuns que sobressai na gestão dos eucaliptais, principalmente no minifúndio, é o uso indiscriminado de técnicas de preparação do terreno apenas com o intuito de plantar, não atendendo às diferenças entre ambientes e à sua sustentabilidade. De entre as práticas silvícolas consideradas na gestão dos eucaliptais, esta é uma das mais impactantes no solo quando realizada inadequadamente. São exemplos disso a aceleração da decomposição da matéria orgânica e a erosão nas camadas superficiais do solo. Enquanto a agricultura há muito que tem evoluído para reduzir as práticas de mobilização do solo, estando disponíveis em pouco por todo o mundo estudos sobre os impactes desta ação no solo e do desenvolvimento de técnicas especificas a cada cultura agrícola (por exemplo sementeira direta), no meio florestal português tal não acontece. Se, por um lado, parte do desajuste das práticas está associado à indisponibilidade de mecanismos de apoio à tomada de decisão que permitam a adoção das técnicas adequadas (disponibilização de conhecimento e ferramentas), por outro lado, está inerente ao tipo de produtor florestal, com baixa aceitação de mudanças de gestão. Neste sentido, emerge a oportunidade promover a melhoria da gestão florestal de minifúndio, através da criação de uma ferramenta de suporte à decisão na instalação dos povoamentos, procurando também promover a sustentabilidade dos recursos e das plantações florestais.

Esta iniciativa pretende desenvolver uma ferramenta de suporte à tomada de decisão para a instalação dos povoamentos de eucalipto, baseada em técnicas silvícolas sustentáveis ao nível do recurso solo e adequadas aos diferentes ambientes florestais. Pretende-se uma instrumentação de fácil utilização (user friendly), baseada em variáveis ambientais facilmente mensuráveis pelo proprietário florestal comum e que permita, não só identificar a as práticas adequadas à instalação dos povoamentos, mas também possibilite uma análise económica de custos, tendo por base uma estimativa das expetativas de produção florestal para o ambiente em causa.

Os objetivos específicos da iniciativa são:

  1. Desenvolver e implementar uma ferramenta de apoio à tomada de decisão para a eficiente instalação dos povoamentos de eucalipto.
  2. Potenciar a aprendizagem coletiva sobre as práticas de mobilização do solo, promovendo o cultivo mínimo, e a sustentabilidade das práticas testadas no cultivo do eucalipto.
  3. Identificar constrangimentos e barreiras no acesso ao conhecimento e informação necessária para a introdução de inovações no domínio da sustentabilidade dos processos de instalação e gestão dos povoamentos de eucalipto, desenvolvendo soluções para as ultrapassar.
  4. Promover a disseminação e demonstração dos resultados junto dos utilizadores do conhecimento, nomeadamente associações de produtores florestais, gestores e proprietários privados e públicos.
  5. Promover a cooperação técnica entre as entidades que atuam nos domínios das plantações florestais e na mobilização de solos e fomentar o reforço da capacidade para a rápida recolha de informações sobre o solo e monitorização ao nível regional, dando o seu contributo para uma visão global.

Os objetivos desta Iniciativa visam contribuir na sua generalidade para a melhoria dos povoamentos de eucalipto em Portugal e, consequentemente, na sustentabilidade da capacidade produtiva dos solos florestais e dos ecossistemas florestais.

 


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