GO6

FitoMicorrizas

Candidatura PDR2020-101-031718

PARCERIA

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA

ASSOCIAÇÃO BLC3

VOZ DA NATUREZA LDA.

INVESTIGADOR RESPONSÁVEL IPC

MARIA FILOMENA FIGUEIREDO NAZARÉ GOMES (ESAC)

FINANCIAMENTO:

Investimento Global Elegível:  €

Comparticipação Comunitária: 75%

Comparticipação Nacional: 25%

Investimento Elegível IPC: 99.183,41 €

DESCRIÇÃO SUMÁRIA

Os cogumelos são produtos alimentares associados a um mercado de excelência internacional, que se encontra em franco crescimento, sendo normalmente reconhecido como um mercado de enorme valor acrescentado. Portugal e a sua floresta possuem as condições ideais para a produção biológica de cogumelos silvestres, uma vez que o território é influenciado por dois tipos de clima: o atlântico e o mediterrâneo. Há no entanto outros fatores, para além do clima, que aumentam a complexidade e diversidade da floresta portuguesa, como a natureza do solo, a proximidade do mar e a altitude, tudo em benefício de condições únicas para a proliferação e desenvolvimento de cogumelos de sabor intenso. A essência de frescura, sabor e autenticidade está agora materializada num conceito que pretende representar Portugal numa perspetiva de valorização e cooperação, pensada para posicionar o cogumelo silvestres nativos como chave para o desenvolvimento da economia local e nacional
Pretende-se com a presente iniciativa aplicar diferentes fitoestrogénios de forma a melhorar a interação planta-fungo, em diferentes espécies florestais nativas da região Mediterrânica (Quercus suber, Quercus robur, Quercus ilex, Quercus pyrenaica, Pinus pinea, Pinus pinaster e Cistus) e de diferentes espécies de fungos micorrízicos nativos. A aplicação de fitoestrogénios na produção de plantas micorrizadas permitirá melhorar o estabelecimento da associação simbiótica e consequentemente a produção vegetal e a tolerância ao stresse, bem como a produção de cogumelos comestíveis (Ex: Lactarius deliciosus, Boletus edulis, Chantarellus cibarius, Hydnum repandum), que podem representar um rendimento extra para os produtores florestais, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades locais.

Objetivos visados

A presente iniciativa visa valorizar os recursos florestais e micológicos otimizando o seu potencial ao nível de novas tecnologias da produção de cogumelos, através do recurso a fitoestrogénios.
O projeto tem como principal objetivo o desenvolvimento de um sistema de gestão que permita aos produtores/proprietários florestais criar uma mais-valia de forma a tornar sustentáveis as áreas de espécies autóctones exploradas em longas rotações, criando um retorno económico a curto prazo através da produção de cogumelos comestíveis, potenciando e inovando as suas produções. Como tal a presente iniciativa visa, mais especificamente:
1. Otimização da produção de áreas florestais com espécies autóctones de alto valor ambiental: i) desenvolvimento de tecnologias para a produção de plantas micorrizadas das espécies autóctones com recurso a fitoestrogénios e a fungos nativos; ii) monitorização das plantas micorrizadas em viveiro e posteriormente no campo; iii) adoção das melhores práticas para a produção de plantas micorrizadas e posterior instalação no campo iv) otimização diferentes tipos interação planta-fungo para a otimização da produção para diferentes variedades nativas de cogumelos silvestres; v) descarbonização dos processos produtivos, pelo potencial de sequestro de carbono por parte dos macrofungos produzidos, otimizando o processo tornando-o mais sustentável.
2. Desenvolvimento de novos produtos associados à atividade agroflorestal e economia verde: i) introduzindo abordagens inovadoras nos processos ligados ao aproveitamento e transformação dos recursos endógenos naturais, ii) otimizando a sua posição na cadeia de valor (e.g. gestão florestal sustentável, incluindo prevenção, deteção e combate a incêndios; gestão sustentável de matérias primas; agricultura e comercialização especializada de produtos agroalimentares).

Pretende-se com a presente iniciativa criar novas estratégias para a valorização dos recursos nativos existentes na região Interior, ao nível do sector agroflorestal e micológico, conseguindo desta forma apresentar uma nova solução que aumente a eficiência da micorrização e que seja uma alternativa superior e mais sustentável aos recursos já existentes para a produção de cogumelos. Assim de acordo com o plano de ação proposto pretende-se alcançar uma metodologia de micorrização otimizada, nomeadamente, alcançando os seguintes:
1) Identificação dos melhores métodos para estabelecimento da micorriza com recurso a fitoestrogénios;
2) Seleção de espécies de interesse florestal, nomeadamente Quercus sp., Pinus sp., A unedo e Cistus sp., micorrizadas com os fungos B. edulis, C. cibarius, H. repandum e L. deliciosus. As simbioses que obtiverem maior taxa de sucesso ao nível do fitness da planta quando micorrizada com fungos micorrízicos nativos, sob a aplicação de fitoestrogénios, serão selecionadas como produto final.
Assim, no final da iniciativa irá reunir-se informação essencial para a elaboração de um guia de boas práticas, que sirva de apoio à produção e manutenção das plantas florestais micorrizadas com as estirpes nativas. O guia permitirá, ao criar o agrupamento de produtores, disponibilizar um meio de suporte técnico e teórico para a produção de plantas micorrizadas.
A criação de um agrupamento de produtores de plantas nativas micorrizadas, através da utilização de fitoestrogénios, permitirá aos produtores da fileira florestal obter um co-produto de valor acrescentado e uma planta florestal de maior qualidade, aumentando assim os rendimentos obtidos nas suas propriedades.

 

 

 

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